A COLÔNIA DOS LÍRIOS DO VALE
Página de ION
Registros de viagem sonambúlica,
realizada no dia 04 de julho de 2013
A madrugada começava a nos presentear com os raios de sua presença, trazendo a aragem benfazeja das manhãs de inverno no hemisfério sul.
As andorinhas começavam a emitir seus grasnados e a ensaiarem seu bater de asas, no exercício de aquecimento matinal, saudando o dia que se aproximava do horizonte. Eram 5:00 horas da manhã de quatro de julho.
As caravanas espirituais retornavam de suas tarefas, enchendo de transeuntes os caminhos das dimensões, além da superfície.
Tancredo, comandando sua equipe, procedia à limpeza dos detritos vibratórios acumulados nas áreas de trabalho do Pronto Socorro ali instalado, nas proximidades do Delta Potengi Jundiaí, portal de entrada astralina desta região.
As tarefas da noite foram árduas e os colaboradores orientados pelo velho Tancredo estavam cansados, exaustos até, se considerarmos o número de espíritos trasladados dos umbrais cavernosos daquela região, para uma das Colônias de refazimento e terapia intensiva, que ficava nas cercanias da Ponte Nova (Newton Navarro), nos espaços astralinos da cidade do Natal.
A Colônia, que havia sido construída pelas equipes ligadas ao Grupo Evangelho no Lar, ficava bem próxima ao Portal da Cidade Presépio e fora batizada com o singelo nome de Lírios do Vale e curiosamente envolvida com uma luminosidade verde suave, lembrando aos que a visualizassem, tratar-se de ambiente, aonde a saúde das almas era cuidada com base nos princípios terapêuticos da luz verde.
Na Colônia, no lado direito de sua entrada, fora erguida uma edificação à guisa de Posto de Triagem, o qual era controlado por um experiente administrador, que mantinha uma curiosa estatística do fluxo de entrada e saída dos que ali passavam e dos quais possuía um excelente acervo de informações minuciosas.
Aquela Colônia, de fato, além de ser um lugar aprazível, guarda a curiosidade de exercer um fascínio sobre qualquer Ser que por ali trafegue. É o que se comenta, com certo contentamento.
De retorno às andanças daquela noite, (saídas de corpo astral) fomos convidados por um companheiro para, aproveitando a flexibilidade dos horários entre as dimensões, conhecer, no que fosse possível, a tão decantada Colônia Lírios do Vale. Aceitamos e, prazerosamente, nos dirigimos para aquele recanto.
Não seria necessário dizer-se que o simpático administrador nos recebeu com muita gentileza e, depois de fazer sua famosa ficha cadastral, levou-nos às dependências da Colônia, que, de fato, nos impressionou pelas curiosidades que registramos.
Solícito, o administrador Apolônio, por ocasião daquela visita, adentrou-se a uma das dependências e nos confidenciou: “- Faz dois anos, num trabalho de resgate nos umbrais, foi encontrado um Ser, já descido à condição vibratória de ovóide. Considerando seu estado de penúria, recebeu tratamento intensivo e meses depois, tivemos a alegria de vê-lo recuperar-se gradativamente e conseguir recobrar a consciência e a memória pretérita. Contou-nos seus sofrimentos! Disse-nos como havia caído nas teias da sedução dos trevosos e dos milênios que purgou tal desdita. O curioso é que, certo dia, numa cessão terapêutica, reportou-se à época de Tróia e identificou-se como guerreiro troiano e falou de sua amizade com seu comandante, o Aquiles, com o qual privava de estreita amizade, Falou-nos que ele teria tido notícias de que Aquiles estava encarnado neste hemisfério e que, seu sonho era encontrá-lo, pois que àquela época nutria por ele profunda amizade e gostaria de reencontrá-lo.Falou de seus dotes como guerreiro; de sua coragem e de sua estratégia Disse, também, que conhecera os irmãos Agamenon e Menelau e que fora amigo desse último, aos quais também gostaria de rever.
O curioso é que tais fatos passaram-se, aproximadamente, há cinco mil anos. Ocorreu o hiato da amnésia provocada pelo confinamento nos umbrais, portanto matéria que merece nossa atenção e profunda análise.
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